O programa Gilead Génese distinguiu vários projetos de investigação em áreas da oncologia, como o cancro da mama, e virologia como hepatites virais crónicas, VIH/SIDA e Covid-19, tendo a cerimónia de entrega do troféu decorreu ontem, 8 de novembro, na fundação Champalimaud.

Inês Bártolo, investigadora no Instituto de Investigação do Medicamento da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (iMed.Ulisboa), viu reconhecido o seu trabalho sobre os compostos espiro-β-lactâmicos, agentes antivirais de largo espectro, com potencial para combater diversos patógenos como o parasita da malária, HIV e vírus da gripe. O desenvolvimento de medicamentos com agentes antivirais de largo espectro poderá possibilitar o tratamento de doenças causadas por diferentes vírus e aumentar a resiliência contra ameaças pandêmicas emergentes e re-emergentes causadas por vírus respiratórios de RNA.

Este projeto irá desenvolver e caracterizar a atividade de novos compostos espiro-β-lactâmicos contra os principais vírus respiratórios de RNA (vírus da gripe, vírus sincicial respiratório e SARS-CoV-2) em diferentes sistemas modelo, incluindo ratinhos, e determinar seu mecanismo de ação. O objetivo é desenvolver o primeiro agente antiviral espiro-β-lactâmico para vírus respiratórios de RNA.

A missão do Programa Gilead Génese é “contribuir para a melhoria da prestação de cuidados de saúde em Portugal, incentivando mais e melhor investigação ligada à saúde e promovendo projetos que façam a diferença na comunidade. A qualidade dos projetos apresentados este ano, vem uma vez mais confirmar que estamos no caminho certo para cumprir este nosso desígnio”, afirma Cláudia Delgado, Diretora Médica da Gilead e responsável pelo Programa.