Mestrado em Ciências Biofarmacêuticas

Fisiopatologia da Neuroinflamação

ECTS

4

Objetivos

A inflamação do Sistema Nervoso Central (SNC) tem grande relevância no âmbito das Neurociências, pela sua influência na reparação de um dano, mas também como causa de doença quando se torna crónica ou em excesso. A neuroinflamação pode ter lugar desde os estádios de desenvolvimento até ao envelhecimento. Esta unidade curricular (UC) aborda os mecanismos básicos da neuroinflamação e seus efeitos na saúde e na doença. Espera-se que os alunos fiquem a saber: 1) os mecanismos celulares/moleculares envolvidos na neuroinflamação; 2) os efeitos benéficos de uma resposta inflamatória na manutenção da saúde e os efeitos prejudiciais da sua desregulação no contributo para a doença do SNC; 3) as formas de interação do sistema imunológico periférico com o SNC; e 4) como se pode intervir terapeuticamente na neuroinflamação. No final os alunos devem ter adquirido capacidade de utilizar e discutir os métodos experimentais mais atuais de avaliação da neuroinflamação, as suas mais-valias e limitações.

Conteúdos Programáticos

Um dos marcos em neurociências foi o reconhecimento de comunicação entre o sistema imunitário periférico e o SNC. Apesar da inflamação ser vital na reparação de uma lesão, a manter-se pode causar quer o aparecimento de doenças neurodegenerativas, quer a sua progressão. A UC abordará as causas, sinais, sintomas e diagnóstico da neuro-inflamação, bem como a interação com o sistema imune inato e adquirido, por infiltração de linfócitos no SNC. A reatividade da microglia ao insulto e infecão, a acção dos macrófagos no SNC e a ativação dos astrócitos serão vistos com base nos processos inflamatórios envolvendo o NF-kB, inflamassoma, fagocitose e quemotaxia. A inflamação e a auto-imunidade, a inflamação sistémica nas lesões da matéria branca, bem como do “priming” da microglia no envelhecimento e neurodegeneração serão tratados. Os alunos avaliarão o efeito de terapêuticas
anti-inflamatórias por determinação dos marcadores inflamatórios mais usuais, recorrendo a modelos in vitro e ex vivo.

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