Esta semana, Filipa Cosme Silva, aluna de doutoramento da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), deu uma entrevista ao Portugal em Direto, jornal de notícias nacionais da RTP 1, onde teve a oportunidade de apresentar o projeto que está a desenvolver “Formulações Orais Pediátricas: Novos Rumos”.

Esta é a primeira vez que se utiliza a impressão 3D para o desenvolvimento de medicamentos para a população neonatal e pediátrica. Esta técnica permite ajustar melhor as doses e diminuir os excipientes – que fazem parte do medicamento, além da substância ativa –, que muitas vezes dão alguns problemas como alergia, intolerância e hipersensibilidade.

A proposta deste projeto é desenvolver medicamentos para patologias mais específicas e para as quais há menos oferta no mercado, ou seja, resolver um problema para o tratamento de patologias em bebés, crianças e adolescentes.

Sendo um estudo que está a ser desenvolvido no âmbito do doutoramento em farmácia na FFUL, tem pelo menos mais quatro anos pela frente. Filipa Cosme Silva indicou durante a entrevista a Dina Aguiar, jornalista da RTP, que já se chegou à formulação pretendida, e que estão a avaliar a estabilidade da mesma, para que possa ser definido um prazo de validade dos medicamentos produzidos através desta técnica. O próximo passo será começar a produzir os medicamentos em ambiente hospitalar, de forma a garantir o controlo e a qualidade dos mesmos.

O objetivo final é que tudo o que for desenvolvido esteja disponível para toda a população, primeiro passando para outros centros hospitalares e depois para as farmácias comunitárias.

Este projeto, desenvolvido na FFUL, está a ser orientado por Joana Marto, docente nesta instituição.

A entrevista pode ser vista na íntegra na RTP Play, ou no nosso canal de YouTube.