O bacilo da tuberculose é um patogene que sobrevive, no hospedeiro, em células desenhadas para matar e controlar infeções. Uma das razões dessa sobrevivência, descobriram os Investigadores do Grupo Interações Hospedeiro Patógeno, baseia-se na manipulação de catepsinas do hospedeiro e que a reversão disso poderá contribuir para terapias alternativas aos antibióticos.

O grupo da Prof. Elsa Anes do Instituto de Investigação do Medicamento (iMed.ULisboa) da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFULisboa) publicou a 31 de agosto de 2016, um artigo na prestigiada revista Scientific Reports – Role of Cathepsins in Mycobacterium tuberculosis Survival in Human Macrophages.

O trabalho dos investigadores portugueses mostra que, “em contacto com a bactéria que causa a tuberculose, o bacilo de Koch, parece haver uma diminuição da atividade destas enzimas – uma avaria no sistema que poderá explicar porque é que em alguns casos este microrganismo tem uma maior sobrevivência dentro das células humanas e a infeção não é debelada”. Os resultados de David Pires, um estudante pós graduado do grupo apontam vários potenciais alvos para reverter este efeito  aumentando a atividade das catepsinas em células infetadas. Esta descoberta poderá abrir portas para novas intervenções no tratamento da tuberculose, sobretudo numa época em que as resistências a antibióticos causam cada vez maior preocupação a nível mundial.

Notícia relacionada