Nanomedicina farmacêutica: a mudança de paradigma para “melhorar as técnicas e tratamentos atuais”

A nanotecnologia permite um avanço e uma versatilidade na preparação e na formulação de vacinas e medicamentos que é, sem dúvida, uma oportunidade para a luta contra as doenças infecciosas, principalmente numa época em que os antibióticos já não nos garantem o sucesso dessa luta.

António Almeida, em entrevista à News Farma, descreve as principais vantagens e desafios da nanomedicina.

(…) São as características físico-químicas da substância ativa que comandam o resultado da terapêutica”, pelo que com a era nanotecnológica é possível “sofisticar a formulação, deixando de ter uma dimensão macro passando para partículas de dimensão nanométrica”. Assim, “cada nanopartícula é uma formulação, cujas características se mantêm e são responsáveis pela biodistribuição do medicamento e pelo transporte até ao local de ação”.

A nanotecnologia farmacêutica permitiu, então, controlar onde, como, quando, quanto e porquê e em que extensão a substância é absorvida. “Conseguimos controlá-los através desta nanotecnologia, o que é um enorme avanço científico.

Perante esta evolução, o professor destaca que a nanomedicina permite “melhorar as técnicas e os tratamentos atuais, bem como proporcionar novas abordagens”, diferentes da terapêutica convencional. Além disso, demonstra-se também a diminuição de efeitos toxicológicos através do direcionamento dos fármacos para o local necessário.

Destaca ainda a vantagem da nanotecnologia na reformulação de antibióticos, demonstrando assim “uma eficácia melhorada” contra infeções multirresistentes.

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