No seguimento do trabalho iniciado em 2018, quando ganhou um prémio de investigação da Fundação la caixa, o projeto liderado por Rui Castro, Investigador e Docente da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, identificou biomarcadores que podem ajudar na deteção precoce da doença do fígado gordo.

No vídeo divulgado pela Fundação la caixa,  Rui Castro refere que “identificar que os micro-RNAs dentro das vesículas extracelulares libertadas pelos adipócitos podem atuar funcionalmente nas células do fígado e ter um efeito funcional” poderá ter sido a descoberta mais inovadora deste projeto, acrescentando que “isto representa uma nova forma de comunicação entre o tecido adiposo e o fígado da qual podemos tirar proveito em termos terapêuticos.” Estes micro-RNAs podem ser, assim, possíveis biomarcadores não só para o diagnóstico da doença, mas também para o seu acompanhamento. Sendo esta uma doença silenciosa, a descoberta de novos biomarcadores é muito importante.

A incidência da doença do fígado gordo associada à disfunção metabólica (MASLD) é de cerca de 30% em todo o mundo e está a crescer paralelamente ao aumento da obesidade e da diabetes tipo 2. As causas apontadas para este facto estão relacionadas com o aumento de consumo de alimentos com altos teores de gordura e com a diminuição da atividade física.

O vídeo completo abaixo: