Entre os edifícios históricos da Universidade de Lisboa, o Castelinho destaca-se pela sua arquitetura singular e pelo papel central que desempenhou na evolução da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL). Com o seu traço neogótico e presença marcante, este edifício, originalmente parte da antiga Quinta da Torrinha, tornou-se o primeiro espaço próprio da Escola Superior de Farmácia de Lisboa, FFUL a partir de 1921.
A história da FFUL começou a tomar forma em 1918, quando a Escola de Farmácia conquistou a sua autonomia, deixando de estar subordinada à Faculdade de Medicina. No entanto, só em 1920 foi possível adquirir um espaço próprio, com a compra da Quinta da Torrinha, um vasto terreno à entrada do Campo Grande, pensado para acolher o futuro Bairro Universitário de Lisboa. No centro desta propriedade encontrava-se o Castelinho, uma antiga casa senhorial que preservava a arquitetura do seu último proprietário, Augusto de Albuquerque.
Rapidamente adaptado às necessidades da Escola Superior de Farmácia, o Castelinho tornou-se um espaço de ensino, investigação e administração, acompanhando a evolução das ciências farmacêuticas e consolidando a identidade da instituição. Durante décadas, acolheu gerações de estudantes e investigadores, sendo um marco na afirmação da Faculdade como referência nacional e internacional na formação de profissionais de saúde.
Hoje, o Castelinho continua a ser um dos ícones mais emblemáticos da Universidade de Lisboa e um símbolo do crescimento da FFUL. Mais do que um edifício, é um testemunho vivo da história do ensino farmacêutico em Portugal e do compromisso contínuo da Faculdade com a inovação e a excelência científica.
Fonte: Revista ULisboa, nº 30. Edição completa aqui.