Sabe o que fazer aos medicamentos fora de prazo ou que já não usa?

A presença de fármacos nas águas naturais e de consumo humano é uma realidade a nível internacional, tal como referido por Cristina Almeida, Docente na FFUL. Esta situação torna-se particularmente preocupante nos EUA, face a um maior desenvolvimento da indústria farmacêutica e a um maior consumo de medicamentos, e, por conseguinte, a uma maior concentração de resíduos farmacêuticos na água, inclusive na água de consumo humano.

Em Portugal, face ao menor desenvolvimento da indústria farmacêutica o problema é menor. De salientar, o papel das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) na eliminação destes contaminantes antes da sua libertação para o meio recetor, nomeadamente para as águas marinhas, diminuindo o seu impacto nos ecossistemas.

A nível europeu têm ocorrido vários estudos de ocorrência que permitem avaliar o tipo e concentração dos fármacos na água e no biota (seres vivos), assim como novas propostas para melhorar a eficiência das ETAR, alguns dos quais com o envolvimento da FFUL, no qual Cristina Almeida esteve envolvida.

Se em casa tem medicamentos fora do prazo de validade ou que não prevê a sua utilização, a solução passa por entregá-los numa farmácia próxima de si. Esta irá encaminhá-los para uma empresa, VALORMED, que dará o encaminhamento correto a estes medicamentos, de forma a evitar a contaminação dos rios e oceanos.