Equipa de investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) e Faculdade Sackler de Medicina da Universidade de Tel Aviv (U. Tel Aviv) que lideraram o estudo publicado na revista Nature Nanotechnology, DOI: 10.1038/s41565-019-0512-0 https://www.nature.com/articles/s41565-019-0512-0 Da esquerda para a direita: Helena Florindo (FFUL), João Conniot (FFUL), Ronit Satchi-Fainaro (U. Tel Aviv) e Anna Scomparin (U. Tel Aviv)

Investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) e da Universidade de Tel Aviv (U. Tel Aviv) desenvolveram uma nanovacina que ajuda a combater o cancro. A vacina ainda está em fase experimental, mas os resultados obtidos até ao momento mostram que esta induz o sistema imunitário a destruir células cancerígenas e a controlar o desenvolvimento da doença.

O desenvolvimento desta vacina decorre do estudo “Immunization with mannosylated nanovaccines and inhibition of the immune-suppressing microenvironment sensitizes melanoma to immune checkpoint modulators” – coordenado por Helena Florindo (FFUL) e Ronit Satchi-Fainaro (U. Tel Aviv), e desenvolvido por João Conniot (FFUL) e Anna Scomparin (U. Tel Aviv) – que foi publicado a 5 de agosto de 2019  na revista britânica Nature Nanotechnology. Segundo Helena Florindo “esta nanovacina não tem como alvo direto as células tumorais, mas utiliza o sistema imunológico do nosso corpo para alcançar a destruição seletiva das células cancerígenas. Isso é de extrema relevância para os doentes oncológicos, os quais sofrem recorrerentemente de efeitos adversos graves causados pela ação inespecífica de agentes anticancerígenos em tecidos e órgãos saudáveis. Esta realidade compromete a qualidade de vida dos doentes, mas também obriga à interrupção dos tratamentos”.

A eficácia desta inovação científica está atualmente a ser avaliada em vários modelos pré-clínicos de cancro, tais como carcinoma da mama, cancro colorretal e cancro pancreático. Porém, podemos afirmar que esta nanovacina constitui uma alternativa às vacinas terapêuticas contra o cancro já existentes no mercado não só porque pode potencialmente ser administrada independentemente do estado de evolução da doença, mas sobretudo porque atua diretamente na regeneração do sistema imunitário do doente.

Comunicado de Imprensa

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